Divisão de
formação e aperfeiçoamento em educação
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Função avaliativa e função educativa
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Tânia
Cristina Zonta
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Valparaiso, 01 de julho de 2015
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A função avaliativa e a função
educativa
Resumo
O
texto aborda a função avaliativa como conexão à função educativa. A avaliação deve ser vista como parte essencial do sistema
educacional, é um conjunto de ações que serve para capacitar os alunos,
possibilitando a estes independência e a fazer com que se auto avaliem, com o
intuito de que o discente seja um sujeito ativo na sua formação. Para
a realização deste trabalho foi utilizado uma pesquisa bibliográficas de
autores que
questionam a avaliação como Haydt e Libaneo entre outros, para levantar
reflexões no que tange a função avaliativa na formação do discente.
Palavras-chave:
avaliação; formação; aprendizagem; tipos de avaliação
Introdução
A palavra avaliar segundo Larousse, Dicionário da
Língua Portuguesa, significa “Determinar o valor, o preço, a importância de; Apreciar o mérito de;” Avaliação no âmbito escolar é um instrumento que permite qualificar o conjunto de
domínios, onde se exerce a aprendizagem, as aptidões e o rendimento dos alunos.
O presente trabalho é sobre a função avaliativa que seria o julgamento de valor dos resultados atingidos, embora faça parte da educação e alguns professores dizem que é algo essencial, outros a usam quase como uma punição, resume-se toda a história escolar do aluno na nota de uma avaliação. A avaliação deve ser constante baseada nas observações diárias também e serve tanto para o professor quanto para os alunos, pois ao planejar o ensino, objetivos deverão ser alcançados e é o momento no qual se reflete em como realmente alcança-los e como avaliar depois o que planejou.
O presente trabalho é sobre a função avaliativa que seria o julgamento de valor dos resultados atingidos, embora faça parte da educação e alguns professores dizem que é algo essencial, outros a usam quase como uma punição, resume-se toda a história escolar do aluno na nota de uma avaliação. A avaliação deve ser constante baseada nas observações diárias também e serve tanto para o professor quanto para os alunos, pois ao planejar o ensino, objetivos deverão ser alcançados e é o momento no qual se reflete em como realmente alcança-los e como avaliar depois o que planejou.
O que motivou a pesquisar a temática Avaliação foi o fato de refletir na
atual conjuntura da prática educacional como professor regente nas séries
finais do Ensino Fundamental, e como Trabalho de Conclusão de Curso, do curso
oferecido pela Divisão de Formação e Aperfeiçoamento em educação para
professores de 6º ao 9º ano em pleno
Como saber se o objetivo do professor foi atingido, se houve
aprendizado, a avaliação faz parte do processo educacional, porém qual seria o
modo mais adequado de avaliar. Ao estudar alguns estudiosos que abordam o tema
Avaliação levantamos questionamentos: Como é feita a avaliação? Para que serve?
A função avaliativa tem papel secundário à função educativa? Para Haydt a
avaliação é funcional; orientadora: integral. Libâneo defende a avaliação como
uma verificação; qualificação e apreciação qualitativa e Luckesi em seu livro
Avaliação da aprendizagem escolar, faz uma analise passando da pedagogia
tradicional á pedagogia humanizada. Já Ilza Martins Sant´Anna em seu livro Por
que avaliar? Como avaliar? Menciona critérios e instrumentos para que a
avaliação tenha realmente um papel significativo na educação.
Desenvolvimento
·
Avaliação
classificatória ou diagnóstica?
Avaliação
seria o julgamento de valor dos resultados atingidos, embora faça parte da
educação e alguns professores dizem que é algo essencial, outros a usam quase
como uma punição, resumem toda a história escolar do aluno na nota de uma avaliação.
A avaliação deve ser constante baseada nas observações diárias também e serve
tanto para o professor quanto para os alunos, pois ao planejar o ensino,
objetivos deverão ser alcançados e é o momento no qual reflete-se em como
realmente alcança-los e como avaliar depois o que planejou.
Quando
(Luckesi, 2005) a avaliação educacional escolar adotada for classificatória,
passa a ser uma ferramenta autoritária e diminui o desenvolvimento de todos do
meio escolar, dando possibilidade a uns ao acesso e ao saber, enquanto a outros
a inércia ou a evasão.
O
professor precisa visualizar a avaliação como algo que serve para o crescimento
do educando, e não para punir. Ela precisa ser realizada de maneira global, considerando-se
vários aspectos: quantitativos e qualitativos. Deve-se avaliar a presença,
pontualidade, participação, por exemplo. Durante o processo avaliativo, o
educador deve avaliar se os conteúdos estão sendo apreendidos de maneira
eficiente pelos discentes, verificando se a metodologia aplicada em sala de
aula realmente está sendo eficaz.
Isso pode ser realizado através da observação, diálogo e acompanhamento dos trabalhos realizados pelos educandos, verificando se as atividades desenvolvidas realmente contribuem para a construção de seres conscientes de seu papel na sociedade.
Isso pode ser realizado através da observação, diálogo e acompanhamento dos trabalhos realizados pelos educandos, verificando se as atividades desenvolvidas realmente contribuem para a construção de seres conscientes de seu papel na sociedade.
Segundo,
Luckesi, a avaliação educacional escolar só terá seu “verdadeiro papel de
instrumento dialético de diagnóstico para o crescimento, se se situar e estiver
a serviço de uma pedagogia que esteja preocupada com a transformação social e
não a sua conservação.”[2] A avaliação
deve ter caráter diagnóstico, deverá ser usada como ferramenta da identificação
de novas direções a serem seguidas. O aluno passa a ser coadjuvante do processo
de competência e autonomia.
Tem
professor que para se vingar do aluno bagunceiro elabora uma prova bem
complexa, entretanto, o educador tem de ver a avaliação não como um modo para
punir ou premiar e sim como um instrumento para averiguar o ritmo e processo de
aprendizado dos alunos e dai diversificar as formas de avaliação: oral,
escrita, de pesquisa, expositiva.
A avaliação deve ser continua e
que os resultados obtidos pelos alunos sejam valorizados no decorrer do ano
escolar.
No
texto de Janssen Felipe da Silva ele ressalta que o trabalho pedagógico esta
interligado com a avaliação a partir do planejamento por fim a sua execução,
recolhendo informações para poder entender melhor a relação entre ensino e aprendizagem
e desta forma intervir na didática de modo qualitativo e pedagógico.
-
a
diagnóstica ou prognóstica: “dá condições ao docente de identificar o que os
alunos sabem sobre o que se pretende ensinar, para orientar o planejamento inicial
e fazer algum prognóstico nas relações entre objetivos, conteúdos e a realidade
sociocognitivos dos educandos”.
-
a
reguladora: com base nas informações regula-se o trabalho do educador para
desenvolvimento dos alunos e “conscientizando-os dos seus percursos de
aprendizagem.”
-
a
somativa: “dá o resultado integral e final, em um tempo pedagógico determinado
da interação entre docente/conteúdos/ objetivos/metodologias/educandos.
Da
mesma forma (Sant´Anna 1995) sugere que o critério de avaliação tenha
necessariamente de ser um princípio fundamental para diagnosticar a
aprendizagem do aluno, e observar quais precisam de auxílio pedagógico para que
haja um progresso. E ela vai ainda além, de acordo com seus estudos a avaliação
não deve ser somente da prova escrita comportamentos devem ser analisados:
“falar, escrever, escutar, leitura oral, desenhar,
habilidade de trabalhar, de estudo e habilidades sociais; se o aluno tem hábito
de trabalho: uso do tempo, do recurso, demonstra iniciativa, capacidade
criadora, persistência; se o mesmo tem atitudes sociais: preocupação com o
bem-estar dos outros, respeito às leis, à propriedade alheia, sensibilidade ante
as questões sociais; se o aluno demonstra interesses específicos; se expressa
satisfação e prazer em relação a atividades educacionais, mecânicas, sociais,
estéticas(...).[4]
A avaliação é bem mais complexo do que se pode
imaginar, os próprios professores não sabem o que avaliar, como avaliar e o por
que avaliar, muito menos os alunos sabem, enquanto alguns se dedicam em
realizar as atividades, uns estudam para aprender já outros brincam o bimestre
todo e acham que só realizando a prova escrita já é o suficiente para ter a
nota média.
A
avaliação deveria ser um termômetro ou uma bússola para guiar o professor no seu trabalho, para verificar quais
objetivos foram alcançados, quais ainda faltam e que tipo de didática deverá
ser usada com aquele grupo de alunos. Ela é também uma ferramenta de diagnóstico
e de acompanhamento do processo de aprendizagem, assim a meta principal será o
ensino da escola para o aluno e não somente a média escolar deste.
A
avaliação esta integrada a aula e várias formas para coletar dados podem ser
feitas: como testes, provas, questionários, redações, apresentação de
seminários, pesquisas de campo, análise e interpretação de textos. Tudo isso
permite ao professor identificar as dificuldades e o fará agir de modo
consciente para auxiliá-los a melhorarem e superarem estas dificuldades,
oportunizando novos conhecimentos.
• A
função avaliativa tem papel secundário à função educativa?
A função avaliativa não está
subordinada a função educativa, visto que subordinada se refere a algo que
depende de, assim sendo pode-se dizer que uma esta interligada a outra. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais a avaliação tem como objetivo
auxiliar docentes na prática cotidiana no que diz respeito ao real
desenvolvimento dos discentes e deste modo possa organizar-se a galgar
empecilho.
Para
Haydt (1997) a avaliação é funcional: a avaliação dos alunos será com base no
seus desenvolvimentos conforme os objetivos previstos; orientadora: por ser
indicadora do nível de dificuldades ou aprendizagem do aluno, e assim o
professor poderá planejar e encaminhar o discente ao objetivo; integral:
avaliação como ferramenta afetiva, psicomotora, cognitiva...
A
avaliação deve ser contínua e recorrente no dia a dia da escola e na relação
docente-discente, motivando a aprendizagem. Quando a avaliação deixa de ser
apenas uma nota, o educador poderá observar se seus objetivos foram
apreendidos.
O professor que exerce sua função como mediador entre alunos e realidade
auxilia-os a construírem seu próprio conhecimento e Libâneo (1994), cita
três princípios da avaliação:
1-“Verificação:
constituem-se pela coleta de dados sobre o aproveitamento dos
alunos, ou candidatos através das provas.
2-Qualificação:
comprovação dos resultados alcançados em relação aos
objetivos.
3- Apreciação
qualitativa: avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a padrões de
desempenho esperados, e apropriação ativa dos conteúdos.” [5]
A avaliação deve ser vista como parte
essencial do sistema educacional, é um conjunto de ações que serve para
capacitar os alunos, possibilitando a estes a autonomia e a fazer com que se
auto avaliem, com o intuito de que o discente seja um sujeito ativo na sua
formação.
O docente define
práticas educacionais e ferramentas para a avaliação de maneira que o aluno se
auto-avalie e adquira competências não somente para âmbito escolástico, mas
socialmente também.
A educação está ligada
ás amplitudes cognitiva, afetiva, sociais, biológicas, espirituais, é um
conjunto que age de forma integrada, dessa maneira o professor e o aluno constroem
juntos algo significativo, um depende do outro. O professor deve mostrar ao
aluno a sua evolução, estimulá-lo também para novas aprendizagens e assim a
avaliação só será eficaz se houve interação entre o educador e educando, os
dois seguindo uma mesma direção, em busca das mesmas metas.
Conclusão
Aluno e professor precisam um do
outro para uma educação significativa, como o próprio Luckesi diz o foco deve
ser uma transformação social, isto é, deve ter como objetivo o crescimento e o avanço do aluno. Ela baseia-se na
verificação do que o educando aprendeu e se foi alcançado os objetivos. A avaliação será um instrumento para mostrar ao educador o caminho, qual
abordagem deverá seguir e quais métodos didáticos serão adaptados à realidade
do discente.
A
função avaliativa está associada à função educativa de acordo com Haydt, a
avaliação será conforme os objetivos, poderá indicar o nível de dificuldades ou
aprendizagem, poderá ser um instrumento psicomotor, afetivo e cognitivo.
Quando
a avaliação não é mais uma questão de nota, o professor observará se houve
aprendizagem, se o planejamento funcionou, e desempenha seu trabalho como
mediador entre a realidade e o aluno, levando este a construir seu próprio
conhecimento.
A avaliação não poderá ser uma ação mecânica. Essa seria o julgamento de valor dos resultados atingidos, embora faça parte
da educação e alguns professores a veem como algo fundamental, enquanto outros
a usam quase como uma punição , resumem toda a história escolar do aluno na
nota de uma avaliação. A avaliação deveria ser um instrumento de reflexão
constante sobre a realidade da comunidade social e escolar, onde alunos tornam
sujeitos ativos, e pensantes com relação ao mundo. O planejamento por parte do
corpo docente e de toda comunidade escolar seria o ideal para atingir a
aprendizagem. O professor analisa situações do dia-a-dia que poderá contribuir
para a avaliação não mecânica, porém instrumento de investigação e do processo
de conhecimento.
Referências
-HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo
ensino–aprendizagem. 6. ed. São Paulo: Ática, 1997
-LIBÂNEO, José Carlos. Didática/
José Carlos Libâneo- São Paulo: Cortez, 1994.- (Coleção Magistério: série
formação do professor). pgs:195 -203.
-LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem:
estudos e proposições. 17ª Ed. – São Paulo, 2005.
-SANT´ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como
avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
-SILVA, Janssen Felipe da. Avaliação na perspectiva
formativa-reguladora: pressupostos teóricos e práticos. Porto Alegre :
Mediação, 2012.
- http://cursoalexfisica.blogspot.com.br/2015/02/funcoes-educativa-e-avaliativa.html Função educativa e avaliativa Acesso dia
08 de maio de 2015
- http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a17.pdf
Práticas
avaliativas: reflexões Acesso dia 13 de junho de 2015 às 14:30
- http://www.youtube.com/watch?v=-UvaN3aQu0k
(Como é seu processo de avaliação do
aluno?) Acesso dia 14 de junho de 2015 às 14:50
[1]-Bacharel em
Letra, Português e Inglês (CESB). Especialista em Metodologia de Ensino da
Lingua Portuguesa.(Faculdade Grande Fortaleza). Tradutora setorial em
Italiano/Português/Português/Italiano (Scuola di Interpreti e Tradottori di
Pescara, Italia). Leciona Língua
Portuguesa\Inglês e Artes para séries finais do Ensino Fundamental.
[2] LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem:
estudar e proposições. 17ª Ed. São Paulo: Cortez, 2005. p.42
[3]Fonte: http://smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca/Forma%C3%A7%C3%A3o%20Continuada/Avalia
%C3%A7%C3%A3o/janssen1.pdf Acesso: dia 12 de junho de
2015 às 21:27
[4] SANT´ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como
avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p.67