giovedì 19 luglio 2012

O PATO E O LAGO


Lá estavamos postos
a admirar o lago.
Ele com seus olhos expressivos,
algumas penugens brancas e pretas
esmeraldas
e com a cabeça machucada.

Quem terá feito uma sandice
como essa?
Terá sido ele próprio?
Ou o homem que não sabe
admirar com a alma
as belas coisas da natureza?

Ouviamos só os pássaros
que estavam a cantar,
o barulho do vento
nas folhas das árvores.
Um quase sossegar.

Sem o sol a vida não tem graça
Sem amor a alma não é alma
O pato continuava lá,
quieto e encolhido
Aquele lago todinho só
para ele e nem para aproveitar.

Respirava fundo
e seus olhos tremeluziam
com certa demora.
O sossego o tomou como
um frágil signo.


Bem-ti-vis cantavam
Enquanto um pato sonhava
o outro vaidoso espanava suas penas
Essa preparação toda para nadar
até uma ilha de solidão.


Tudo acabou, o pato despertou
e o outro ocultou-se.
Só restou o silêncio confuso
de sons da cidade.


Sinos e sirenas de polícia,
pessoas conversando
Algumas caminhando e outras
esquecendo de amar.

(abril de 2003)
TANIA CRISTINA ZONTA

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